Recado de Galípolo não foi para Faria Lima, dizem fontes em Jacarta

A repercussão do discurso do presidente do Banco Central foi interpretada de maneira equivocada pelo mercado. Investidores brasileiros que estão em Jacarta, na Indonésia, argumentam nesta quinta-feira (23) que a fala de Gabriel Galípolo não foi para a Faria Lima e, sim, para empresários do país asiático. No Brasil, a citação sobre um “período prolongado” de aperto na política monetária gerou entendimento de comunicado dos próximos passos do BC.

“A economia brasileira vem passando por um ciclo de crescimento contínuo e ainda assim com nível de inflação que, apesar de fora da meta, o que demanda o Banco Central permanecer com uma taxa de juros num patamar elevado e restritivo por um período prolongado para que a gente possa produzir essa convergência, mas conseguindo combinar nível baixo de desemprego, crescimento positivo e inflação que está, olhando para níveis históricos, dentro de um patamar baixo”, disse Galípolo no âmbito do Fórum Econômico Indonésia-Brasil.

 

Galípolo foi o único a falar sobre o cenário da economia brasileira durante o discurso, e o objetivo seria vender o país para novos investimentos.

“A inflação e expectativas seguem fora do que é a meta, isso é um ponto de bastante incômodo para o Banco Central, mas estamos falando de uma inflação que está num processo de redução e retorno para a meta em função de um Banco Central que vem se mostrando sempre bastante diligente e tempestivo no combate a qualquer tipo de processo inflacionário”, afirmou.

O dólar abriu estável nesta quinta-feira a R$ 5,39 e o Ibovespa encerrou os leilões com alta de 0,86%, aos 146.118,86 pontos, puxado pelas petroleiras.

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