Famílias que conseguem emprego e aumentam a renda não perdem imediatamente o Bolsa Família. A chamada Regra de Proteção permite que beneficiários que ultrapassam o limite de R$218 por pessoa, mas não chegam a R$706, sigam recebendo metade do valor por até 12 meses. A medida busca garantir estabilidade no orçamento e incentivar a formalização do trabalho.
Para quem já estava incluído na regra até junho de 2025, o prazo de permanência é maior, chegando a 24 meses, com meio salário mínimo per capita como limite. Caso a renda volte a cair, o valor integral do benefício é restabelecido automaticamente, sem necessidade de novo cadastro. O objetivo é assegurar uma transição segura para famílias que começam a melhorar de vida.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, do Governo do Brasil, a Regra de Proteção reduz o medo de perder o benefício e favorece a formalização do trabalho.
Regra de Proteção mostra impacto no emprego e na renda
Dados do Cadastro Único e do Caged indicam que, no primeiro semestre de 2025, 80% das novas vagas formais do país foram ocupadas por pessoas registradas no CadÚnico, sendo 58% beneficiárias do Bolsa Família. Em julho do mesmo ano, cerca de 1 milhão de famílias deixaram o programa por melhora de renda.
A política também prevê o Retorno Garantido, que permite o reingresso no programa em até três anos caso a renda volte a cair. Assim, a família mantém uma rede de proteção em momentos de instabilidade.
Reconhecido por organismos internacionais, o Bolsa Família é apontado como um dos pilares que contribuíram para que o Brasil saísse novamente do Mapa da Fome da ONU em 2025. O programa tem sido associado à ampliação da renda, ao estímulo ao emprego formal e à redução da pobreza extrema no país.