A Petrobras obteve licença do Ibama para iniciar a perfuração do primeiro poço em águas profundas na bacia da Foz do Amazonas, marcando um momento significativo para a exploração petrolífera na Margem Equatorial brasileira. Segunda análise de Julliana Lopes, no CNN Arena, o projeto traz recursos para o governo, além de ser um marco semelhante ao do pré-sal. “É uma mina de dinheiro em um momento em que o governo fala de corte de gastos e orçamento apertado”, avaliou Lopes.
A estimativa inicial aponta para um potencial de extração de aproximadamente 10 bilhões de barris de petróleo na região. O projeto representa uma perspectiva de arrecadação expressiva, podendo ultrapassar US$ 56 bilhões. Em um momento em que o país discute ajustes fiscais e contenção de gastos, a exploração surge como uma potencial fonte significativa de recursos para os cofres públicos.
Discussões sobre distribuição de recursos
A distribuição dos recursos provenientes da exploração petrolífera já gera debates no Congresso Nacional. Entre os pontos de discussão está a definição sobre como será feita a divisão dos valores arrecadados: se ficarão concentrados na região de exploração ou se serão distribuídos entre municípios vizinhos.
Uma das propostas em análise, apresentada por Randolfe Rodrigues (PT-AP), sugere a destinação dos royalties para diversas áreas sociais, buscando ampliar o impacto positivo dos recursos obtidos com a exploração. A iniciativa visa estabelecer critérios para uma distribuição mais equitativa dos benefícios financeiros gerados pela atividade petrolífera.