Esquema de fraudes contra o INSS é desarticulado em Pernambuco

Uma operação da Força-Tarefa Previdenciária desarticulou, na manhã desta terça-feira (21), um esquema criminoso voltado à prática de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com foco na concessão e manutenção indevida de benefícios assistenciais voltados a pessoas idosas.

A ação, batizada de Operação Erebus, teve como alvos principais dois endereços no município de Águas Belas, no Agreste de Pernambuco.

A investigação da Polícia Federal aponta a atuação de uma organização criminosa que utilizava dados de pessoas falecidas, em conjunto com documentação falsificada, para requerer benefícios previdenciários de forma fraudulenta.

Nesta fase da Operação Erebus, os alvos são uma mulher de 21 anos, suspeita de aliciar idosos e produzir documentos falsos, e uma idosa de 87 anos, que teria sido usada como “idosa de aluguel”, constando como titular de auxílios obtidos irregularmente.

Segundo a Polícia Federal, ambas as investigadas já aparecem em apurações anteriores relacionadas à Operação Grife, conduzida pela Delegacia da PF em Caruaru, também no Agreste do estado. A idosa, em particular, possui um histórico extenso: foi indiciada 18 vezes por estelionato previdenciário e teria se passado por pelo menos 13 identidades diferentes, todas vinculadas à obtenção indevida de benefícios assistenciais.

O prejuízo já identificado ultrapassa R$ 100 mil, mas a Polícia Federal não descarta a possibilidade de que o valor seja maior, diante de indícios de que o grupo atuava há bastante tempo na região.

Tentativa de saque revelou esquema

Conforme informações divulgadas pela PF, o inquérito teve início após uma comunicação da Caixa Econômica Federal, que identificou uma tentativa de saque de R$ 60 mil depositados em conta de uma pessoa que, posteriormente, se descobriu ser fictícia. A partir disso, a Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários, com apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária, iniciou uma apuração que revelou um esquema.

Os investigados devem responder por estelionato qualificado, falsificação de documentos públicos, uso de documentos falsos e organização criminosa. Somadas, as penas previstas para os crimes podem ultrapassar 20 anos de reclusão. Segundo a PF, as investigações continuam em andamento.

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