Margem Equatorial: vazamento de óleo é o principal risco

A Petrobras obteve licença do Ibama para perfuração de poço exploratório no bloco FZA-M-059, na região da Margem Equatorial brasileira. A operação, que tem como objetivo verificar a existência de petróleo em quantidade economicamente viável, será realizada a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas. Apuração é de Isabel Mega no CNN Novo Dia.

A área de exploração abrange a região de transição entre o norte e nordeste do país, passando por estados como Amapá, Pará, Maranhão, Piauí e Ceará. A denominação “Margem Equatorial” deve-se à proximidade com a linha do Equador.

Riscos e Preocupações Ambientais

“Houve muita dificuldade de se obter licenciamento, justamente por conta dos riscos”, explica a analista de Política da CNN. “Somente a verificação de haver ou não petróleo na região já impõe uma perfuração, não há outro jeito de saber”. O principal perigo identificado na operação é a possibilidade de vazamento de óleo, que poderia afetar significativamente a fauna marinha local, incluindo recifes de corais. Pelos estudos existentes sobre a região, este óleo muito provavelmente não voltaria para a costa do Brasil e poderia atingir países vizinhos.

A Petrobras apresentou, após exigências do Ibama, um plano de mitigação de danos aprimorado. “Nós temos aqui uma avaliação técnica e política do órgão”, avalia Mega. Enquanto o governo pressiona pela aprovação da exploração na Marquem Equatorial, especialistas ambientais são terminantemente contra qualquer tipo de operação, devido os riscos ambientais altíssimos.

Contexto Regional e Econômico

A região já é palco de exploração petrolífera por países vizinhos, como a Guiana Francesa, que registrou crescimento de 62% em seu PIB em 2022, após a descoberta de 11 bilhões de barris de petróleo.

“Isto ainda representa uma mensagem truncada no Brasil, que está apostando em combustíveis fósseis na iminência de receber representantes do mundo todo para a COP30”, destaca Mega. O país também busca posição de liderança em relação às mudanças climáticas e seu potencial em energias renováveis.

FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *