Advogada diz à CPMI que não cometeu fraudes e que tem “provas robustas”

Em depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a advogada Tonia Galleti negou estar envolvida em fraudes contra aposentados e pensionistas.

A assessora jurídica do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) disse também ter provas robustas de que não participou do esquema.

“O sindicato não é de mentira, o sindicato não comete fraude, eu não cometi fraude, o meu pai não cometeu fraude, nenhuma dessas pessoas que o senhor está citando, porque a gente trabalhou, e eu tenho provas robustas”, disse Tonia Galleti em depoimento à CPMI do INSS nesta segunda-feira (20).

No depoimento, Tonia afirmou que temia a condenação de “entidades honestas”. Segundo ela, os congressistas estariam “matando o mensageiro” ao atribuir a ela ganhos indevidos e que isso seria um desestímulo para que a população faça denúncias em casos semelhantes. “Vocês tiram do cidadão a coragem de denunciar a corrupção”, afirmou.

Tonia Galleti integrou o CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) e disse ter feito denúncias ao colegiado em 2023. Ela é filha de João Batista Inocentini, um dos fundadores e ex-presidente do Sindnapi.

Na oitiva, a advogada ainda criticou e colocou em dúvida auditoria realizada pela CGU (Controladoria-Geral da União) que teria concluído que 262 mil pessoas não reconheciam os descontos associativos realizados pelo sindicato.

Galleti, além de ser questionada sobre alerta dado ao ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi, também foi questionada por parlamentares quanto aos vínculos dela coma a entidade.

Ao questionar os dados da CGU, Galleti citou que, das 262 mil pessoas que questionaram os descontos, 15 mil delas teriam dado procurações para aderirem às ações coletivas do sindicato. Ela disse ainda que 45 mil delas teriam usado 320 mil vezes a farmácia com desconto mesmo após a contestação.

A depoente citou ainda que “os telefones do departamento jurídico não param de tocar porque as pessoas estão preocupadas com os seus processos, com suas análises, com as suas revisões” e que há pessoas que, inclusive, têm “indo lá no sindicato para devolver o dinheiro que o INSS lhes devolveu”.

O esquema de descontos irregulares foi revelado em abril após operação conjunta da PF (Polícia Federal) e da CGU.

FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *