Aliados do ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, e apoiadores do governo Lula (PT) avaliam que, caso sua indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) seja confirmada, o processo de sabatina no Senado deve seguir um caminho semelhante ao do ministro Cristiano Zanin, com menos resistência que a enfrentada pelo ministro Flávio Dino, conforme apuração de Iuri Pitta, no CNN 360°.
A vaga em questão foi aberta após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, oficializada na última sexta-feira (17). Messias, que já recebeu apoio da comunidade jurídica ligada a denominações cristãs, é apontado como favorito para ocupar a cadeira.
Comparativo com sabatinas anteriores
Zanin foi aprovado em junho de 2023 com 58 votos favoráveis e 18 contrários no plenário do Senado. Na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), obteve 21 votos a favor e apenas 5 contra. Por outro lado, Dino enfrentou maior oposição, sendo aprovado por 47 senadores e rejeitado por 31.
A expectativa de uma tramitação mais tranquila para Messias se baseia em dois fatores principais: sua cordialidade no trato com senadores de oposição e o potencial apoio da comunidade evangélica, já que ele mantém ligação com a Igreja Batista.
Apesar de existir uma preferência de parte do Senado pela indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga, até mesmo seus aliados já consideram improvável uma mudança no favoritismo de Messias neste momento.