A Justiça Federal determinou, por questões sanitárias, a suspensão das demolições na Favela do Moinho, no centro de São Paulo, até a próxima sexta-feira (24). Uma audiência entre as partes foi realizada no último dia 14 de outubro.
A solicitação foi feita pelo núcleo de Habitação e Urbanismo da DPE (Defensoria Pública do Estado de São Paulo), em parceria com a DPU (Defensoria Pública da União), após acúmulo de entulhos e relatos de falhas no atendimento habitacional.
Após a audiência, foi definido que a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo) irá realizar a retirada total dos entulhos decorrentes das demolições na comunidade. Ao todo, 122 casas já foram demolidas.
A CDHU explicou que a retirada do entulho era feita de forma lenta, para que acidentes fossem evitados e que não era possível a entrada de caminhões para o apoio.
Na reunião, a CDHU afirmou que, no total, 931 famílias foram cadastradas e que todas teriam moradia garantida após as demolições. A companhia informou, ainda, que 632 famílias já se mudaram da Comunidade do Moinho.
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Ainda segunda o órgão, a DPE enviou uma lista de pendências em que haviam 137 famílias. A CDHU informou que dessas, 107 já possuíam cadastro e 30 não apareciam.
O advogado e o engenheiro da companhia, presentes na audiência, afirmaram que não houve ameaças de demolições de casas com moradores e a engenharia atuou com cuidado nas demolições, para prevenir desabamentos e outros acidentes.
A presença da PM (Polícia Militar do Estado de São Paulo) foi requisitada na região até o fim dos trabalhos para prevenir a formação de novas ocupações.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo