A equipe econômica avalia que a derrubada da MP (medida provisória) com alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) deve ter um impacto “pequeno” em 2025.
“Não tinha impacto orçamentário [em 2025]. Muito pequeno”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a jornalistas nesta quinta-feira (9).
Na proposta enviada pelo governo ao Congresso, a equipe econômica projetava arrecadar cerca de R$ 10,5 bilhões em 2025 e R$ 21,8 bilhões em 2026 com o texto. Com a desidratação da MP durante a tramitação na Câmara, a projeção caiu para cerca de R$ 17 bilhões no próximo ano.
O governo contava com a arrecadação dos recursos previstos na MP para fechar as contas públicas no ano que vem, quando a equipe econômica prevê superávit primário de 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto).
Com a rejeição ao texto, a equipe econômica já reúne outras alternativas para assegurar o cumprimento da meta fiscal. Haddad já sinalizou que deve procurar o relator do Orçamento de 2026, Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), para debater novos cenários.
“Ele [Lula] não vai abrir mão do fiscal, das contas públicas, e não vai abrir mão do social. É a lei do Imposto de Renda, é a lei do devedor contumaz, a lei da energia elétrica. Vai garantir o social sem a desorganização que foi promovida pelo governo anterior”, disse Haddad.
O plenário da Câmara dos Deputados retirou de pauta a MP com alternativas ao aumento do IOF, e inviabilizou a apreciação da matéria, que perdeu validade na última quarta-feira (8). A votação contou com 251 favoráveis votos e 193 contrários.