A Polícia Civil de São Paulo prendeu em Cotia, na Grande São Paulo, Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Mascherano”, membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) apontado como um dos criminosos envolvidos na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande.
A informação foi confirmada pelo secretário de segurança pública, Guilherme Derrite, nesta segunda-feira (6).
Mascherano, um dos criminosos envolvidos na morte do ex-delegado-geral Dr. Ruy Ferraz Fontes, foi preso pela Polícia Civil em Cotia, após um intenso trabalho de inteligência em campo. A resposta do Estado é clara: quem atenta contra a ordem em São Paulo será caçado.
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) October 6, 2025
Mascherano é o quinto preso por envolvimento no caso. Além dele, já foram presos Dahesly Oliveira Pires, suspeita de transportar um fuzil do crime; Luiz Henrique Santos Batista, o “Fofão”, traficante e membro do PCC suspeito de participação na logística do crime; Rafael Marcell Dias Simões, também membro do PCC na Baixada Santista; e William Silva Marques, dono do imóvel em Praia Grande que teria sido usado pelos criminosos e onde Dahesly buscou o fuzil.
Além deles, Umberto Alberto Gomes, de 39 anos, foi morto pela polícia durante uma operação no Paraná. Ele é apontado como o possível atirador na execução de Ruy Ferraz.
Como foi a ação policial que matou suspeito de executar ex-delegado
Segundo investigação da polícia, Mascherano possui a função de “disciplina” dentro do PCC na região do ABC e tem um histórico criminal vasto, com duas passagens por tráfico de drogas e duas por roubo, tendo cumprido mais de seis anos de prisão.
Ele já estava entre os oito identificados pela Força-Tarefa dos órgãos de segurança pública de São Paulo por envolvimento no crime.
Com as cinco prisões e uma morte, permanecem foragidos e com prisão temporária decretada: Flavio Henrique Ferreira de Souza, investigado pela execução direta, e Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, suspeito de organizar o transporte da arma e de dirigir o carro usado no crime.
Execução de ex-delegado
Ruy Ferraz Fontes foi executado no dia 15 de setembro em uma emboscada. O crime ocorreu após uma perseguição em alta velocidade e o capotamento do carro do delegado em Praia Grande, no litoral paulista. Criminosos efetuaram mais de 20 disparos de fuzil contra ele.
Após a execução, os carros utilizados pelos criminosos, que eram roubados, foram abandonados e um deles incendiado, na tentativa de apagar vestígios.
Quem era Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado inimigo do PCC executado em SP
A análise inicial da ação criminosa revela um planejamento meticuloso e o conhecimento técnico dos executores, que perseguiram Fontes antes de desferir mais de 20 tiros de fuzil.
Descobertas
Os carros utilizados pelos criminosos (uma Toyota Hilux e um Jeep Renegade) foram roubados na capital paulista.
Após a execução do ex-delegado, a Hilux foi incendiada após o crime para eliminar vestígios. O Renegade foi abandonado com o contato ligado, e exames periciais realizados neste veículo levaram à identificação dos executores.
Os investigadores encontraram carregadores de fuzil, cápsulas deflagradas e carregador de pistola, próximos ao Renegade abandonado.