A delegação brasileira se retirou do plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas nesta sexta-feira (26) pouco antes do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, começar a discursar.
Segundo fontes diplomáticas, a saída foi um gesto planejado.
“A delegação estava no plenário e se retirou assim que Netanyahu chegou ao pódio. Eram diplomatas da missão permanente da ONU”, informaram à CNN.
A fonte também relatou que o movimento não foi isolado: “Muitas delegações se retiraram”, afirmou.
A retirada é um sinal político de insatisfação com a posição de Israel em relação ao conflito no Oriente Médio, repetindo gestos semelhantes feitos por outros países em ocasiões anteriores na ONU.
Em seu discurso, Netanyahu prometeu continuar a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza e disse aos reféns ainda mantidos pelos militantes palestinos que eles não foram esquecidos.
Falando em hebraico, o líder israelense disse: “Não nos esquecemos de vocês, nem por um segundo.”
O premiê catalogou as vitórias israelenses contra o Hamas e outros grupos militantes apoiados pelo Irã em um discurso que lembrou ao mundo os horrores sofridos pelos israelenses em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo reféns, 48 dos quais permanecem em Gaza, segundo contagens israelenses.
“Grande parte do mundo não se lembra mais de 7 de outubro. Mas nós nos lembramos”, discursou Netanyahu.
A resposta militar de Israel matou mais de 65 mil pessoas em Gaza, segundo autoridades de saúde locais, e deixou grande parte do território em ruínas.
*Com informações da Reuters