A mãe de Flávio Henrique Ferreira de Souza, suspeito foragido pelo assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande (SP), divulgou imagens que mostram o filho em outro local no momento do crime. A informação foi divulgada pelo SBT, que conversou com a mãe de Flávio.
As imagens mostram um homem de costas, que seria Flávio, empurrando um carro, na região do Grajaú, em São Paulo. O vídeo se passaria enquanto o atentado acontecia em Praia Grande, no litoral Paulista. Outros homens aparecem na imagem, também empurrando o automóvel.
Em outra imagem, gravada por volta das 16h do dia 15/09, mostra Flávio com a mesma roupa andando na rua com outros dois homens. Segundo a mãe, essa é a prova de que o filho não teria participado do atentado.
Flávio, de 24 anos, teve o pedido de prisão temporária expedido. Ele é apontado como um dos executores do crime. Um exame pericial confirmou sua presença na cena do crime, dentro do veículo abandonado.
Presos e foragidos: veja como está investigação da morte de ex-delegado
Investigação
O caso foi tratado como “questão de honra” para as forças de segurança de São Paulo. Foi montada uma força-tarefa integrada com prioridade máxima determinada pelo governador Tarcísio de Freitas.
As investigações são conduzidas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), com o apoio do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), Garra/Dope, Cercos da capital e Deinter 6, e diversos batalhões da Polícia Militar (incluindo a ROTA e o BAEP), mobilizando mais de 100 policiais para a Baixada Santista.
A investigação utiliza provas científicas e análises periciais, além de imagens de câmeras de segurança e dispositivos eletrônicos.
Ex-delegado executado: quem são os suspeitos pelo crime
Relembre a morte do ex-delegado
Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e então secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, foi assassinado na noite de segunda-feira (15), em uma emboscada.
O crime ocorreu após uma perseguição em alta velocidade, onde seu veículo colidiu com um ônibus na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas. Os criminosos desceram e efetuaram mais de 20 disparos de fuzil contra ele dentro do carro capotado.
Após a execução, os carros utilizados pelos criminosos, que eram roubados, foram abandonados e um deles incendiado na tentativa de apagar vestígios.
A análise inicial da ação criminosa revela um planejamento meticuloso e o conhecimento técnico dos executores, que perseguiram Fontes antes de desferir mais de 20 tiros de fuzil.
Um deles, com um fuzil em punho, manteve-se em “contenção”, uma tática de vigilância que demonstra conhecimento de combate para evitar surpresas.
*Sob supervisão de Pedro Osorio