Ex-presidente francês, Sarkozy, é culpado em caso de conspiração criminosa

Um tribunal de Paris considerou o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy culpado de conspiração criminosa em um julgamento no qual ele foi acusado de receber milhões de euros em financiamento ilegal do falecido ditador líbio Muammar Kadafi para sua bem-sucedida candidatura presidencial em 2007.

Sarkozy foi, no entanto, absolvido de todas as outras acusações, incluindo corrupção passiva e financiamento ilegal de campanha.

O ex-presidente, que sempre negou as acusações, foi acusado de fazer um acordo com Kadafi em 2005, quando era ministro do Interior da França, para obter financiamento de campanha em troca de apoio ao então isolado governo líbio no cenário internacional.

Aos 70 anos, ele está sendo julgado desde janeiro sob acusações de “ocultação de desvio de verbas públicas, corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha e conspiração criminosa com a intenção de cometer um crime”.

Os investigadores alegaram que Sarkozy fez um pacto corrupto com o governo líbio.

Em questão está um caso obscuro que supostamente envolve espiões líbios, um terrorista condenado, traficantes de armas e alegações de que Gaddafi forneceu milhões de euros à campanha de Sarkozy enviados para Paris em malas.

O ex-presidente afirma que a investigação tem motivação política.

O tribunal o considerou culpado de conspiração criminosa entre 2005 e 2007, acrescentando que, depois disso, ele foi presidente e coberto pela imunidade presidencial.

Apesar das persistentes dores de cabeça jurídicas e de ter sua Legião de Honra, a mais alta distinção da França, cassada em junho, Sarkozy continua sendo uma figura influente no cenário político francês.

Ele se encontrou recentemente com seu antigo protegido, o primeiro-ministro Sébastien Lecornu, e também deu credibilidade ao partido de ultradireita RN (Reunião Nacional), liderado por Marine Le Pen, dizendo que a sigla anti-imigrante agora faz parte do “arco republicano”.

Sarkozy enfrentou diversas batalhas judiciais desde que deixou o cargo.

 

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