O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) descartou a possibilidade de negociação para redução de sua pena e mantém sua posição em favor de uma anistia total. A informação foi confirmada por auxiliares que o visitaram recentemente em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar. A apuração é de Jussara Soares no CNN Prime Time.
Durante os encontros, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro rejeitou que articuladores do PL (Partido Liberal) pudessem avançar com o projeto de dosimetria, que substituiria a proposta de anistia total. A pena atual estabelecida pelo STF é de 27 anos e 3 meses de prisão.
Articulações no Congresso
O relator da anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), busca promover encontros com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para discutir o tema. A movimentação ocorre em um momento de tensão entre Câmara e Senado, especialmente após o fracasso da PEC da Blindagem no Senado.
O clima entre as casas legislativas está especialmente sensível, com visível desgaste nas relações institucionais. A situação tem gerado preocupação quanto à viabilidade de aprovação de novos projetos que transitam entre a Câmara e o Senado.
Diante deste cenário, Paulinho da Força tem buscado articular uma estratégia que evite um possível revés similar ao ocorrido com a PEC da Blindagem. O texto em discussão agora é tratado como “PL da dosimetria”, em uma tentativa de distanciamento da denominação anterior de “PL da anistia”.