O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursa às 10h desta terça-feira (23) na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Em sua fala, que deve conter aproximadamente 15 minutos, o mandatário brasileiro deve abordar temas centrais como a defesa do multilateralismo, da soberania nacional e cooperação internacional e de uma agenda progressista voltada para direitos sociais e sustentabilidade.
O discurso ocorre em meio a uma tensão com os Estados Unidos. Na segunda-feira (16), a Casa Branca anunciou a revogação de vistos da esposa e dos filhos do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), além de restrições contra o advogado-geral da União, Jorge Messias, e outras cinco pessoas.
Recentemente, o governo dos Estados Unidos também anunciou sanções contra exportações e autoridades brasileiras, incluindo familiares de ministros do STF.
Outro ponto previsto que deve ser destacado pelo petista é a guerra na Faixa de Gaza, com a expectativa de que países reconheçam o Estado palestino. O tom do discurso pode ser ajustado até o último minuto, especialmente diante das sanções mais recentes impostas por Washington a autoridades brasileiras.
Por tradição, desde 1955, o Brasil é sempre o primeiro país a discursar na Assembleia, seguido pelos Estados Unidos.
Lula está acompanhado de uma comitiva de ministros, entre eles Mauro Vieira (Relações Exteriores), Marina Silva (Meio Ambiente), Márcia Lopes (Mulheres), Jader Barbalho (Cidades), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública).
A reunião de 2025 marca os 80 anos da instituição e deve servir como palco para assuntos prioritários da comunidade internacional, como os conflitos na Faixa de Gaza e na Ucrânia, a defesa da democracia e o meio ambiente. A edição deste ano também ocorre em um ambiente de intensas disputas políticas e reconfiguração do papel dos Estados Unidos no mundo.