Políticos repercutem nova rodada de sanções dos EUA contra brasileiros

Políticos reagiram nas redes sociais, nesta segunda-feira (22), à aplicação da lei Magnitsky à esposa e sócia de Alexandre de Moraes, Viviane Barci Moraes, e à revogação do visto americano do ministro-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, pelo governo de Donald Trump.

Deputados da oposição comemoraram as sanções contra aliados do governo e pessoas próximas ao relator do caso que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado.

Já parlamentares governistas criticaram as medidas, classificando-as como “agressão injusta” e “incompatível com 200 anos de relações entre Brasil e Estados Unidos”, como afirmou Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do governo na Câmara.

Veja abaixo algumas manifestações de políticos:

  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

Morando nos EUA, o deputado afirmou que as sanções refletem o fim do “apoio logístico, financeiro e moral” que, segundo ele, o governo Biden teria dado a Moraes e seus aliados. Eduardo afirmou, ainda, que Trump está limpando “a sujeira deixada para trás pelo seu antecessor”.

“Isso tudo só aconteceu, pois à época havia pleno apoio logístico, financeiro e moral dos EUA (governo Biden) a Moraes e seus cúmplices. O que o governo @realDonaldTrump está fazendo é limpar a sujeira deixada para trás pelo seu antecessor. Moraes já não tem mais o suporte dos americanos para o seu complexo industrial de censura e de perseguição política.”

Comentou nas redes que os EUA “estão indo pra cima de todos que ajudaram Moraes”.

“Rapaz, os EUA estão com sangue nos olhos! Estão indo pra cima de todos que ajudaram Moraes”, disse o deputado federal Gustavo Gayer, através das redes sociais.

  • Alexandre Ramagem (PL-RJ)

Condenado no mesmo julgamento que Bolsonaro, Ramagem afirmou que as sanções refletem “abusos de poder da justiça brasileira no cenário internacional” e servem para “encerrar o sistema autoritário de instrumentalização política da justiça”.

“A justiça brasileira sendo condenada no cenário internacional por reiterado abuso de poder. As sanções são previstas igualmente a colaboradores, facilitadores, financiadores e refúgios financeiros de violadores de direitos humanos declarados mundialmente. Levas de sanções demonstram continuar, como meio de encerrar o sistema autoritário implantado no Brasil de instrumentalização política da justiça, com graves perseguições e arbitrariedades. Não há outro caminho para salvar o Brasil e trazer uma verdadeira normalidade democrática.”

Solidarizou-se com Messias e classificou as sanções como uma “agressão injusta”, afirmando que quem celebra as medidas assume o papel de “traidor da Pátria”.

“Toda solidariedade ao ministro @jorgemessiasagu. As sanções unilaterais dos EUA são uma agressão injusta, incompatível com a história de 200 anos de relações entre nossos países. Atacar um advogado público por exercer a defesa de seu cliente é violar os princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito. Estamos juntos na defesa da Constituição, da AGU e do povo brasileiro. Quem celebra sanções contra autoridades brasileiras assume o papel de traidor da Pátria. Nosso compromisso é com o Brasil, a democracia e a soberania nacional!”

 

  • Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais

Criticou as sanções, chamando-as de “retaliação ao julgamento em que o STF condenou os golpistas” e acusou a família Bolsonaro de conspirar contra o Brasil.

“A conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil não para: agora o governo Trump aplicou as sanções da Magnitsky a Viviane Barci, mulher do ministro Alexandre de Moraes, como retaliação ao julgamento em que o STF condenou os golpistas. É impressionante: atacam o Judiciário e ainda querem discutir anistia e redução de pena para golpistas.”

 

O deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ) também se manifestou e disse que ministro e a esposa são “vítimas” de uma “perseguição imoral e indecente” do presidente estadunidense, Donald Trump.

“Toda minha solidariedade a Alexandre de Moraes e sua esposa Viviane, vítimas de uma perseguição imoral e indecente de Donald Trump, que não aceita o fato de o Brasil ser um país soberano.”

*Sob supervisão de Leandro Bisa


FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *