O Caso Vitória terá mais um desdobramento nesta sexta-feira (19) com o depoimento agendado de Maicol dos Santos, único suspeito preso pela morte da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos.
Maicol, que está preso desde 8 de março por suspeita de homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por quatro crimes, incluindo feminicídio.
A CNN apurou que a tendência é que, logo no início da audiência, Maicol informe ao juiz que permanecerá em silêncio, o que deverá encerrar o interrogatório. Se a defesa confirmar que ele permanecerá em silêncio, o juiz pode encerrar o ato.
Caso Vitória: acusado pode ser condenado a mais de 45 anos de prisão
Próximos passos
Em seguida ao depoimento do único suspeito, as partes do processo (MPSP, assistente de acusação e defesa) terão a oportunidade de fazer requerimentos para eventuais diligências.
Devido à complexidade da causa, que envolve um processo com mais de duas mil páginas, o magistrado do caso converteu a fase de memoriais, que seriam orais, em memoriais escritos.
Serão concedidos cinco dias para a acusação, cinco dias para o assistente de acusação e, depois, cinco dias para a defesa. Após a entrega destes documentos, o juiz decidirá se o acusado será levado a júri popular.
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Relembre o caso
Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, desapareceu em Cajamar (SP) em 26 de fevereiro, após sair do trabalho. Mensagens enviadas por ela a uma amiga indicavam que estava com medo de ser seguida por dois homens. Seu corpo foi encontrado em uma área de mata em Cajamar no dia 5 de março.
O corpo apresentava sinais de violência, estava em avançado estado de decomposição, sem roupas e com a cabeça raspada. A causa da morte foi hemorragia traumática, causada por golpes de faca, sendo apontadas três facadas no laudo. A polícia descreveu o autor do crime como uma pessoa com obsessão pela vítima, e Maicol (o único suspeito) tinha fotos de Vitória em seu celular.
Embora Maicol tenha confessado o crime – confissão que sua defesa alega ter sido sob coação -, laudos periciais indicaram que a morte não ocorreu dentro de seu veículo.
Além disso, a perícia encontrou material genético de uma terceira pessoa, um perfil masculino não identificado, no carro do suspeito.