As organizações de tráfico de drogas devem ser tratadas da mesma forma que as organizações terroristas estrangeiras após os ataques de 11 de setembro de 2001, disse Kash Patel, diretor do FBI, a agência federal de investigações dos Estados Unidos.
“Devemos tratá-las como a Al-Qaeda do mundo”, disse Patel em uma audiência no Senado na terça-feira (16), prometendo que a campanha contra esses grupos será uma missão de anos.
“A caçada humana após o 11 de setembro levou alguns anos, e esta será uma missão de anos”, pontuou Patel.
A declaração foi feita um dia após o presidente Donald Trump revelar um novo ataque dos EUA contra um barco venezuelano que estaria transportando drogas em águas internacionais.
O presidente dos EUA afirmou que três homens foram mortos no ataque e que o barco transportava drogas, embora não tenha apresentado evidências para essa afirmação.
O governo Trump também forneceu poucas informações sobre um ataque semelhante em 2 de setembro, apesar das exigências de integrantes do Congresso para que o governo justificasse a ação.
A administração federal alegou que os tripulantes eram integrantes da gangue venezuelana Tren de Aragua e informou que 11 pessoas foram mortas.
Já a Venezuela afirmou que nenhuma das pessoas mortas no primeiro ataque pertencia ao Tren de Aragua.
A decisão de explodir barcos suspeitos de tráfico de drogas em vez de apreendê-los e prender suas tripulações é incomum e relembra da luta dos EUA contra grupos como a própria Al-Qaeda.
Críticos disseram que a ação em águas internacionais é uma das ações em que Trump testa os limites da lei ao expandir o escopo do poder presidencial. A Constituição dos EUA exige que o Congresso, e não o presidente, declare guerra.