O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, afirmou na noite desta segunda-feira (15) que o assassinato do ex-delegado-geral, Ruy Ferraz Fontes, teve características de uma ação planejada e de alta complexidade.
“Pela complexidade que a gente viu na ação criminosa propriamente dita, possivelmente ele tenha sido seguido outros dias também”, disse Dian, destacando o cuidado e o planejamento do ataque, que envolveu mais de 20 disparos contra o veículo do ex-delegado.
O carro chegou a perder o controle e colidir com um ônibus durante a fuga dos criminosos.
Segundo o delegado-geral, a ação contou com armamento pesado, incluindo carregadores de fuzil e munições, encontrados em um dos veículos abandonados.
“No momento da perícia, constatamos que os tiros foram efetuados com técnicas apuradas. Nenhuma linha de investigação será descartada; vamos trabalhar incansavelmente para capturar os responsáveis”, acrescentou.
Dian também ressaltou a mobilização das equipes da Polícia Civil e o apoio da Polícia Militar.
“As equipes de investigação e operacionais estão totalmente mobilizadas, seguindo as orientações do governador Tarcísio e do secretário Derrite. Não vamos parar enquanto não prender esses criminosos”, afirmou.
O delegado-geral explicou ainda que, até o momento, não há informações sobre ameaças prévias sofridas por Ruy Ferraz Fontes.
“Estamos colhendo informações com pessoas próximas para saber se ele vinha sendo seguido ou ameaçado. A investigação é ampla e inclui análise de imagens de câmeras da região”, disse.
O crime
Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi morto quando deixava a Prefeitura de Praia Grande, onde ocupava o cargo de secretário de Administração.
Ele atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil, incluindo cargos de destaque como Delegado-Geral e diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, e era considerado um dos principais inimigos da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).