O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (15) que os incidentes recentes entre a Venezuela e os Estados Unidos são uma “agressão” de Washington, e não tensões entre os dois países. Ele também afirmou que não há comunicação entre os governos.
Neste mês, um ataque militar dos EUA no Caribe matou 11 pessoas e afundou um barco da Venezuela que a administração do presidente Donald Trump alegou estar transportando narcóticos ilegais.
Durante uma entrevista coletiva, Maduro disse que o governo Trump está tentando justificar o lançamento de um “ataque criminoso” contra a Venezuela.
“Isto não é tensão. É uma agressão em todos os sentidos, é uma agressão política, uma agressão diplomática e uma agressão contínua de caráter militar“, disse Maduro.
O líder chavista já havia dito no início de setembro que a comunicação entre os Estados Unidos e a Venezuela estavam prejudicadas. Representantes dos dois países costumavam se reunir para negociar a libertação de presos e até condições para eleições.
Mas, nesta segunda-feira, Maduro disse que esse não é mais o caso. “As comunicações com o governo dos EUA são jogadas fora, são jogadas fora por eles com as suas ameaças de bombas, morte e chantagem”, afirmou.
Nicolás Maduro alertou, ainda, que uma “grande guerra” no Caribe poderia estourar se a região estiver cheia de mísseis e pólvora.
“Se em nossa casa, o grande Caribe, eles o encherem com pólvora e mísseis, isso poderia levar… a uma hecatombe, a uma grande guerra no Caribe que nunca aconteceu”, disse ele.
Maduro alertou que essa guerra seria por uma mudança de regime, pelo petróleo venezuelano e pelas suas riquezas naturais.
*Com informações da Reuters