Em meio às condenações no STF (Supremo Tribunal Federal) dos réus envolvidos na trama golpista, parlamentares intensificaram as articulações em torno do projeto de lei da anistia. As movimentações incluem reuniões entre lideranças do PL e outros partidos do Centrão, buscando acelerar a tramitação da proposta. A análise é de Jussara Soares durante o CNN Prime Time.
As negociações têm como objetivo pressionar pela votação tanto da urgência quanto do mérito do projeto de anistia já na próxima semana. Embora o texto final ainda não seja conhecido, os articuladores afirmam haver um compromisso prévio para a apreciação da matéria.
Entraves e articulações
Enquanto a Câmara dos Deputados apresenta maior receptividade à proposta de anistia, o Senado Federal surge como principal ponto de resistência. Parlamentares já iniciaram uma mobilização para exercer pressão sobre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AL), visando avançar com a pauta na casa.
As articulações também se estendem além das fronteiras nacionais, com movimentações sendo coordenadas nos Estados Unidos pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) e pelo jornalista Paulo Figueiredo, que buscam reações internacionais às recentes condenações.
Apesar do otimismo demonstrado por alguns parlamentares quanto à possibilidade de pautar a anistia, importantes vozes do cenário político já sinalizaram resistência à proposta, enfatizando que não haverá perdão para crimes contra a democracia.