Após condenação de Bolsonaro, Flávio diz que o “jogo ainda não acabou”

Após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) seu filho e senador, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que o julgamento é uma “farsa” e que o “jogo ainda não acabou”, fazendo uma menção às eleições de 2026.

“O [ex-]presidente Bolsonaro está aqui firme, forte, de cabeça erguida pra encarar de frente essa perseguição, porque a história vai mostrar que nós é que estamos do lado certo, o lado da defesa da democracia, da defesa da soberania, não da defesa da supremacia”, disse Flávio em entrevista coletiva.

“E não como nós vimos hoje, uma união de pessoas covardes que se uniram contra o presidente Bolsonaro, que por mais que possa ter falado algo que desagradasse, jamais descumpriu uma decisão do Supremo Tribunal Federal, jamais fez nada que afrontasse as instituições.”

O filho do ex-presidente também acrescentou que irá exigir “no mínimo” que o relator no caso no Supremo, Alexandre de Moraes, dê de volta de “tudo o que tomou de Bolsonaro e da direita.”

“O jogo não acabou, o jogo está só começando. Então não queiram colocar Bolsonaro como uma carta fora do baralho, porque ele está mais vivo do que nunca”, continuou Flávio. “Então, mais do que nunca, o Bolsonaro tá pronto pra ser o presidente desse Brasil, e a direita vai estar mais unida do que nunca.”

O senador já havia se manifestando horas antes nas redes sociais sobre o julgamento.

No X, ao se referir à Primeira Turma do STF, Flávio disse que a “turma da farsa” acusou o golpe após uma “aula” dada pelo ministro Luiz Fux. Ao votar por cerca de 14 horas na última quarta-feira (10), Fux votou por absolver Bolsonaro de todos os crimes.

Condenação de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado nesta quinta-feira (11) pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado.

Além disso, ele também foi condenado a 124 dias multa, no valor de dois salários mínimos o dia.

Moraes votou pela pena considerando o agravamento de liderar de organização criminosa e atenuantes, em todos os crimes, em razão da idade avançada do ex-presidente.

Ele foi acompanhado por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Luiz Fux, por ter votado pela absolvição de Bolsonaro, decidiu não participar da definição de pena.

Ele foi condenado pelos seguintes crimes:

  • organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e ameaça grave (com exceção de Ramagem); e
  • deterioração de patrimônio tombado (também com exceção de Ramagem).

Mesmo com a definição da pena, ainda cabe recurso da decisão, o que significa que Bolsonaro e os outros réus não serão presos de imediato.

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