A Vale tem planos ambiciosos para sua produção de cobre no Brasil, mirando uma posição entre as cinco maiores produtoras mundiais do metal até 2035. A meta foi revelada por Marcelo Gasparino, VP do conselho de administração da mineradora, que destacou o potencial das reservas brasileiras, especialmente no estado do Pará.
O projeto Novo Carajás é peça fundamental nessa estratégia, com planos para dobrar a produção de cobre no Brasil. A companhia projeta atingir 700 mil toneladas do metal até 2035, aproveitando o que Gasparino descreve como “um dos melhores endowments ainda não totalmente mapeados do mundo”.
O aumento na produção de cobre está diretamente ligado à crescente demanda por metais de transição energética. Gasparino aponta que a demanda pelo metal deve crescer significativamente, impulsionada principalmente pela eletrificação do setor automotivo. Na China, por exemplo, mais de 50% dos veículos já são elétricos.
A Vale mantém relações institucionais sólidas com parceiros internacionais, incluindo China, Japão e Arábia Saudita, que realizou um investimento significativo na Vale Base Metals. Estas parcerias são consideradas estratégicas para o posicionamento da empresa no mercado de metais para transição energética.
Um diferencial importante destacado por Gasparino é o custo de produção em novas minas comparado às mais antigas. Ele exemplifica citando a diferença entre S11D e Carajás, onde a primeira, mais moderna, apresenta custos operacionais menores. Esta vantagem deve se estender às novas operações planejadas, que terão vida útil estimada entre 30 e 50 anos.