O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmaram nesta terça-feira (9) que Israel decidiu explorar uma “oportunidade” para atingir a liderança do Hamas no Catar depois do ataque a tiros em Jerusalém na segunda-feira (8).
Seis pessoas morreram na ação, que autoridades israelenses classificaram como “atentado terrorista”. O braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qassam, reivindicou a responsabilidade pelo ataque a tiros.
“Ontem, após os ataques mortais em Jerusalém e Gaza, o primeiro-ministro Netanyahu instruiu todas as agências de segurança a se prepararem para a possibilidade de atingir líderes do Hamas”, disseram as duas autoridades em um comunicado. “O ministro da Defesa apoiou totalmente essa diretriz.”
O comunicado prossegue afirmando que Israel prosseguiu com o ataque hoje “ao meio-dia, diante de uma oportunidade operacional”.
“O primeiro-ministro e o ministro da Defesa consideraram que a operação era totalmente justificada, visto que a liderança do Hamas foi quem iniciou e organizou o massacre de 7 de outubro”, conclui o comunicado.
Ainda de acordo com a nota, o grupo “tem lançado continuamente ataques assassinos contra Israel e seus cidadãos desde então, inclusive reivindicando a responsabilidade pelo assassinato de nossos cidadãos no ataque de ontem em Jerusalém.”
Em um discurso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (9) que os dias em que os líderes “terroristas” estavam imunes em qualquer lugar acabaram, horas depois de Israel atacar os líderes do Hamas em Doha.
“Acabaram os dias em que os líderes terroristas podem desfrutar de imunidade de qualquer tipo… Não permitirei que esse tipo de imunidade exista”, afirmou ele em um discurso televisionado.