Mesmo diante da pressão para que deixem o governo federal, ministros indicados por União Brasil e PP (Progressistas) devem estar ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no desfile cívico-militar em alusão ao Dia da Independência, em Brasília, no próximo domingo (7).
Os ministros André Fufuca (Esportes), Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) confirmaram à CNN que estarão no dispositivo principal.
Apesar do ultimato, uma das possibilidades seria o afastamento desses parlamentares das siglas, permitindo que permaneçam nos cargos ministeriais como parte da cota pessoal de Lula, sem vínculos partidários.
A permanência dos ministros como membros da cota pessoal de Lula levanta questionamentos sobre a efetividade dessa estratégia.
O principal objetivo da nomeação desses ministros era justamente estabelecer uma ponte com suas respectivas bancadas para garantir apoio em votações importantes, como a proposta de isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000.
A situação é complexa e envolve diversos interesses políticos. No caso do PP, a decisão sobre os cargos na Caixa Econômica Federal, que foram indicações articuladas pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), também entra na equação.
Uma alternativa seria a redistribuição das pastas para outros partidos do centrão. No entanto, as opções são limitadas. O MDB, por exemplo, já possui três ministérios e é considerado um dos últimos partidos do grupo que mantém possibilidade de aliança para 2026.