PCC injetou quase R$ 1 bi em postos de combustíveis da Grande Curitiba

A Operação Tank, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (28), apontou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) injetou quase R$ 1 bilhão do crime organizado em cerca de 46 postos de combustíveis na Grande Curitiba.

Segundo a Polícia Federal, a maioria dos depósitos feitos, em favor dos postos, eram em espécie, chegando a quase R$ 1 bilhão que seria destinado a lavagem de dinheiro.

Operação Tank

A Operação Tank é uma das duas deflagradas pela PF contra o envolvimento do crime organizado no setor de combustíveis, além da deflagrada pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) também nesta quinta-feira (28). Apesar de todas terem o mesmo foco, são investigações diferentes.

A ação da PF tem como foco o desmantelamento de uma das maiores redes de lavagem de dinheiro já identificadas no estado do Paraná. Estão sendo cumpridos 14 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

O grupo criminoso atuava desde 2019 e é suspeito de ter lavado pelo menos R$ 600 milhões, movimentando mais de R$ 23 bilhões por meio de uma rede composta por centenas de empresas, incluindo postos de combustíveis, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central.

As investigações também revelaram práticas de fraude na comercialização de combustíveis, como adulteração de gasolina e a chamada “bomba baixa”, em que o volume abastecido é inferior ao indicado.

Táticas para ocultar a origem dos recursos, como depósitos fracionados em espécie (que ultrapassaram R$ 594 milhões), uso de “laranjas”, transações cruzadas, repasses sem lastro fiscal, fraudes contábeis e simulação de aquisição de bens e serviços, eram táticas utilizadas pelo grupo criminoso.

Além disso, o grupo é suspeito de se valer de brechas no Sistema Financeiro Nacional para realizar transações de forma anônima por meio de instituições de pagamento.

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