O número de mortos em Gaza chegou a 62 mil nesta segunda-feira (25), de acordo com a ministra de Estado das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Varsen Aghabekian.
“Hoje, 80% de Gaza está em ruínas, e só saberemos a extensão da devastação, a extensão dos mortos e feridos quando pudermos avaliar isso no local”, disse Aghabekian em uma coletiva de imprensa.
A ministra também condenou o chamado plano de expansão dos assentamentos de Israel, que, segundo críticos, isolaria a Cisjordânia de Jerusalém Oriental.
“Esta proposta é uma ameaça direta à paz e à segurança, não apenas no Oriente Médio, não apenas para Israel e a Palestina, mas para o mundo todo, e é nossa responsabilidade coletiva nos mantermos firmes contra esse plano colonial e expansionista”, disse ela.
Ambos os ministros enfatizaram a necessidade de estabelecer a paz na região. Segundo Aghabekian, isso exigiria “um cessar-fogo completo” de Israel, bem como a libertação de todos os reféns.
Entenda a guerra na Faixa de Gaza
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.
Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.
Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.
Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).
O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.
Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.
Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.
Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino.
Segundo a ONU, passa de mil o número de pessoas que foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o mês de maio, quando Israel mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.
Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.
Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.