O presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto afirmou, nesta segunda-feira (25), durante evento em São Paulo, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “é a única saída” que a direita tem.
“O Trump é a única saída que nós temos, não temos outra, porque quando o poder Judiciário se comporta dessa maneira é a pior coisa que existe para todo o país, porque você não tem para quem recorrer”, disse Valdemar.
Autoridades dos Estados Unidos, incluindo o próprio Donald Trump, têm criticado as investigações contra Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado, chamando o processo de “caça às bruxas”.
Esse, inclusive, foi um dos motivos elencados na justificativa para imposição da tarifa de 50% contra alguns produtos brasileiros.
O governo do Brasil, por sua vez, afirma que as instituições brasileiras são independentes e que não se curvarão a pressões externas.
Recentemente, Trump afirmou ainda que o Brasil tenta fazer uma “execução política” contra Jair Bolsonaro e criticou a relação comercial entre os países.
“Eu sou muito bom com pessoas, ele [Jair Bolsonaro] é um homem honesto, acho que o que eles fizeram… essa é uma execução política o que eles estão tentando fazer com Bolsonaro. Acho que isso é terrível”, disse Trump a repórteres na Casa Branca.
O ex-presidente e outros sete réus do núcleo 1 serão julgados a partir do dia 2 de setembro, no âmbito da investigação de tentativa de golpe de Estado em 2022.
Visita a Bolsonaro
Valdemar ainda falou sobre não poder falar com o ex-presidente sem a autorização do ministro Alexandre de Moraes. No último dia 15, Moraes autorizou a visita de Valdemar Costa Neto a Jair Bolsonaro. O presidente do PL deve ir à casa do ex-presidente, em Brasília, no dia 28 de agosto, entre às 10h e 18h, conforme o despacho.
“É uma perseguição constante com o Bolsonaro, não para. E o pior de tudo: eu não posso conversar com ele. Nós pedimos uma relação de líderes do partido que queriam falar com o Bolsonaro, ele só me programou para falar na quinta que vem, eu sou o último”, afirmou.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. Na decisão, Moraes argumentou que o ex-presidente tem feito “reiterado descumprimento das medidas cautelares”.
Na época, o ex-mandatário participou de manifestações por meio de chamadas de vídeo, o que, segundo o STF, vai contra a proibição de usar celular diretamente ou por meio de terceiros.