A televisão estatal norte-coreana divulgou nesta sexta-feira (22) imagens do líder Kim Jong-un presidindo uma série de eventos em homenagem aos soldados mortos em combate pela Rússia.
A transmissão da KRT mostrou Kim condecorando tropas do que chamou de “operação no exterior” do exército, curvando-se em homenagem e depositando flores em um muro com retratos dos mortos.
Ele também foi visto abraçando os filhos de um soldado morto, com os olhos marejados.
Em comentários divulgados pela mídia estatal, Kim se referiu à “conclusão vitoriosa” das operações no exterior, embora não estivesse claro se isso indicava uma retirada do conflito.
A mídia estatal informou que uma cerimônia fúnebre ao ar livre para as tropas foi realizada em 1º de agosto, embora não tenha especificado quando a cerimônia de condecoração e o concerto ocorreram.
Kim foi visto participando do funeral à noite, em um ambiente solene.
Cerca de 600 soldados norte-coreanos foram mortos lutando pela Rússia contra a Ucrânia, de um total de 15 mil, disseram parlamentares sul-coreanos em abril, citando a agência de inteligência do país.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra.
Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.