O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), comentou, nesta quinta-feira (21), sobre o novo indiciamento da PF (Polícia Federal) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dessa vez pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.
Nunes disse que não teve tempo de se “apropriar” do assunto, mas destacou que espera um “julgamento imparcial”.
“Acabei não conseguindo ter tempo de me apropriar. A gente tem sempre o desejo e a torcida pra que tenha evidentemente uma investigação contra qualquer pessoa que cometa algum delito, algum crime, e que se essa pessoa tiver a culpa que pague pelo que fez. Se não tiver, que seja inocentada”, disse o prefeito em entrevista após um evento promovido pelo Ministério do Turismo em São Paulo.
“O grande desejo é de um julgamento imparcial, um julgamento justo, dentro do tempo adequado e sem acelerar, porque o que a gente não pode permitir em hipótese alguma é que no Estado Democrático de Direito você tenha um judiciário sendo utilizado para perseguir qualquer pessoa”, completou.
Na noite da última quarta-feira (20), a PF indiciou o ex-presidente e o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) devido à atuação do parlamentar nos Estados Unidos. A corporação diz que ambos têm atuado para obstruir o avanço da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro já é réu com julgamento marcado no Supremo, que começa em 2 de setembro, na ação por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O ex-mandatário ainda cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas por Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito da investigação que apura a atuação do ex-presidente e de Eduardo Bolsonaro contra a soberania nacional.