Um tribunal da Colômbia decidiu nesta terça-feira (19) que o ex-presidente Álvaro Uribe poderá responder em liberdade ao processo penal que enfrenta.
Isso permitirá o que ele deixe a prisão domiciliar enquanto é analisado o recurso da defesa contra a sentença de 12 anos de prisão que foi imposta em 1º de agosto em um caso de manipulação de testemunhas, segundo a resolução publicada pelo próprio tribunal em sua conta no X.
A CNN entrou em contato com a defesa de Uribe e com a Procuradoria da Colômbia para pedir comentários e aguarda resposta.
Uribe, que governou a Colômbia de 2002 a 2010, foi declarado culpado de fraude processual e suborno de testemunhas durante uma audiência realizada em 28 de julho em um tribunal de Bogotá.
Dias depois, foi sentenciado a 12 anos de prisão domiciliar, ao pagamento de multa de US$ 830 mil (o equivalente a R$ 4,5 milhões) e à inabilitação por oito anos para exercer cargos públicos. A juíza Sandra Heredia determinou ainda que a pena começasse a ser cumprida de forma imediata.
Uribe se declara inocente de todas as acusações e sua defesa anunciou que recorreria da condenação.
Na decisão desta terça-feira, o Tribunal Superior de Bogotá acatou a favor de Uribe uma ação de tutela, permitindo que ele permaneça em liberdade enquanto se julga a apelação da sentença.
O caso começou em 2012, quando Uribe, do agora partido de oposição Centro Democrático, acusou o senador Iván Cepeda, do governista Pacto Histórico, de tentar vinculá-lo à criação de um grupo paramilitar. Desde então, Cepeda nega essas acusações.
Seis anos depois, a Suprema Corte da Colômbia decidiu abrir uma investigação contra Uribe por suposta manipulação de testemunhas.
Em maio de 2024, o inquérito resultou em uma acusação formal da Procuradoria contra o ex-presidente, assim como no julgamento posterior que levou à sua condenação.