O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que o encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, nesta segunda-feira (18), pode ser um “passo histórico” para a segurança da Ucrânia e da Europa.
O líder britânico disse que a indicação de Trump de garantias de segurança no “estilo Artigo 5” corresponde ao trabalho que a “Coalizão dos Dispostos” — os principais aliados europeus da Ucrânia — vem fazendo nos últimos meses.
Ele acrescentou que a coalizão está “preparada para assumir a responsabilidade” quando se trata de garantir a segurança da Ucrânia.
O que é o Artigo 5 da Otan?
O Artigo 5 é o princípio de que um ataque a um membro da Otan representa um ataque a todas as nações da organização. Esta tem sido a pedra angular da aliança de 30 estados desde que foi fundada em 1949 como um contrapeso para a União Soviética.
O objetivo deste princípio é desencorajar potenciais adversários de atacar os membros da Otan. O Artigo 5 garante que os recursos de toda a aliança possam ser usados para proteger qualquer nação membro. Isso é crucial para muitos dos países menores, que ficariam indefesos sem seus aliados. A Islândia, por exemplo, não tem um exército permanente.
Como os EUA são o maior e mais poderoso membro do bloco, qualquer estado da aliança está efetivamente sob sua proteção.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones. Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares. Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.