Nesta sexta-feira (8), morreu o sambista Arlindo Cruz, aos 66 anos, na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro. Em 2017, Arlindo Cruz sofreu um AVC isquêmico, e lidava com sequelas graves causadas pelo derrame.
Internado no começo do mês de julho, o cantor parou de responder aos estímulos e não apresentava mais avanços, mesmo após seguintes cirurgias. Além disso, o sambista também era portador de uma doença autoimune e precisava usar uma sonda alimentar.
Carreira no Samba
Arlindo Cruz era conhecido por ser um dos maiores compositores da geração do samba, com mais de 700 músicas gravadas. A carreira do cantor foi marcada por diversos sucessos musicais como Meu Lugar, O Bem, Será Que É Amor e O Show Tem Que Continuar.
A carreira do artista despontou no início do ano de 1980, quando passou a participava de rodas de samba do bloco Cacique de Ramos ao lado de nomes como Jorge Aragão e Beth Carvalho. Em 1981, o sambista entrou para o Fundo de Quintal, depois da saída de Jorge Aragão. Lá, compôs canções como O Show Tem Que Continuar e Só Pra Contrariar, e consolidou seu nome como intérprete. Em 1993, Arlindo deixou o grupo para lançar-se em carreira solo.
O último projeto artístico do cantor foi Pagode 2 Arlindos, feito em 2017 com o filho Arlindinho. Ele não deixou, no entanto, de ser uma figura emblemática para o samba carioca: em 2023, a Império Serrano transformou a história do músico no enredo Lugares de Arlindo. O músico deixa a esposa, Babi Cruz, com quem mantinha uma união há mais de 26 anos, e os filhos Arlindinho e Flora Cruz.

O apresentador estava internado desde o dia 21 de maio devido a uma infecção bacteriana aguda com sepse
Rafael Damas | 05:25 – 08/08/2025