Juliana Garcia dos Santos, mulher espancada com mais de 60 socos pelo namorado em um elevador, mostrou nesta sexta-feira (8) como está seu rosto sete dias depois da cirurgia de reconstrução facial.
A empresária, de 35 anos, passou pela cirurgia, chamada de osteossíntese, após sofrer múltiplas fraturas no rosto devido à agressão. Juliana recebeu alta hospitalar na última segunda-feira (4).
O procedimento foi realizado no HUOL (Hospital Universitário Onofre Lopes), da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). A operação contou com uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões-dentistas especializados em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, anestesistas e profissionais de enfermagem.
Em nota enviada à CNN, o hospital confirmou que a operação foi bem-sucedida e a paciente deve seguir, em casa, as recomendações da equipe multidisciplinar que a acompanha. O retorno para a próxima avaliação pós-cirúrgica está previsto ainda para este mês.
Entenda o caso
O caso do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, preso após agredir brutalmente a namorada Juliana Garcia dos Santos com mais de 60 socos em um elevador de condomínio em Natal (RN), no último sábado (26), tem gerado diversos desdobramentos após o crime.
Em sua defesa inicial, Igor alegou ter sofrido uma “crise de claustrofobia” durante o incidente. Ele alegou que este surto ocorreu quando estava no elevador com Juliana, e ela lhe xingou e rasgou sua camisa.
A agressão foi flagrada pelas câmeras de segurança do elevador. Nas imagens é possível ver que o agressor golpeou a namorada com os punhos, causando lesões visíveis
Igor Cabral agredido na cadeia
O ex-jogador de basquete relatou, em depoimento, agressões e ameaças de policiais penais dentro da Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, onde está custodiado.
Segundo o relato, os episódios teriam começado no dia 30 de julho, quando ele foi transferido para a unidade prisional. Igor afirma que foi colocado em uma cela isolada, algemado e sem roupas, e que policiais penais o teriam colocado sobre o ralo do banheiro, usado spray de pimenta e desferido golpes com sandálias, socos, chutes e cotoveladas.
Ainda conforme o preso, os agentes teriam feito ameaças de estupro, envenenamento e morte, além de oferecer um lençol e aconselhá-lo a se suicidar.
*Sob supervisão de AR.