A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 26,65 bilhões no segundo trimestre, informou a petroleira estatal na noite desta quinta-feira (7). O resultado marca reversão do prejuízo de R$ 2,6 bilhões anunciado no mesmo período de 2024.
Entre os destaques operacionais observados no período, a companhia destaca o aumento de 5% na produção total de óleo e gás natural ante o primeiro trimestre deste ano, atingindo 2,91 milhões boed (barris de óleo equivalentes por dia).
A petroleira avalia que a “expressiva” produção de óleo e gás contribuiu para compensar o cenário de queda do preço do petróleo no exterior, medido pelo valor do barril Brent, negociado na ICE (Intercontinental Exchange).
Ademais, a Petrobras registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 52,3 bilhões no período e receita líquida de R$ 119,1 bilhões no segundo trimestre.
A Petrobras ainda registrou recordes na produção total operada (4,19 milhões boed) e, em específico, também no pré-sal (2,39 milhões boed).
A companhia relatou um capex (despesa de capital, os investimentos realizados pela empresa) de US$ 4,4 bilhões nos três meses encerrados em junho.
Nesse sentido, destaca o início da produção do FPSO Alexandre de Gusmão, no campo de Mero, em maio; novas descobertas de “excelente qualidade” no Bloco de Aram, na Bacia de Santos; a aquisição de dez blocos exploratórios na Margem Equatorial e três na bacia de Pelotas; e a obtenção de licenças relevantes para o plano de negócios para o quadriênio até 2029.
A estatal ainda chama atenção para a retomada de investimentos em seu parque de refino e a volta da produção de fertilizantes; além da produção de derivados de petróleo de alto valor agregado.
A chegada de um novo navio plataforma no quarto trimestre, iniciativas de descarbonização do transporte marítimo, novos contratos de gás, a antecipação da vigência de contratos de leilão, a criação de uma corregedoria nacional e até a aquisição de dois supercomputadores também aparecem entre os destaques operacionais apontados pela Petrobras.
“Nossa performance operacional sustentou resultados financeiros sólidos e geração de caixa robusta”, indica a estatal no balanço.
Produção
A Petrobras ainda prevê que sua produção média de petróleo e gás em 2025 deverá ficar próxima da faixa superior da meta traçada para o ano.
Em julho, a produção média de petróleo da estatal somou 2,47 milhões bpd (barris por dia), 380 mil bpd a mais em relação ao quarto trimestre do ano passado, disse a companhia.
Em seu balanço do segundo trimeste, a companhia ainda destacou ter colocado em operação neste ano dois navios plataformas de produção no pré-sal da Bacia de Santos – FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, em fevereiro, e a plataforma de Mero.
O Almirante Tamandaré já chegou a 200 mil barris por dia com quatro poços produtores e, em breve, chegará ao topo de produção com 225 mil barris por dia, segundo a empresa. Enquanto isso, Alexandre de Gusmão entrou em operação mais de dois meses antes do esperado, segundo a empresa.
Dividendos
A companhia também informou que seu conselho de administração aprovou R$ 8,66 bilhões em remuneração a seus acionistas na forma de dividendos e JCP (juros sobre capital próprio). A informação consta em fato relevante publicado pela companhia na noite desta quinta.
O valor equivale a R$ 0,67192409 por ação ordinária e preferencial em circulação. O repasse se dá como antecipação da remuneração relativa ao exercício de 2025, com base no balanço de 30 de junho de 2025.
Com informações de Reuters