Haddad diz que EUA não precisam recorrer à agressão com ação contra Moraes

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que eventuais violações praticadas pelo Poder Judiciário de um país democrático devem ser discutidas no Comitê de Direitos Humanos ONU (Organização das Nações Unidas).

A declaração foi realizada nesta quinta-feira (31), um dia após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ser acusado pelos Estados Unidos de realizar detenções arbitrárias.

“Tem que haver uma compreensão de uma democracia de como funciona a outra democracia. Nós temos um Poder Judiciário que funciona. Quando ele [Poder Judiciário] não funciona, quando há percepção de que ele pode não estar funcionando bem, tem o Comitê de Direitos Humanos da ONU”, afirmou Haddad.

Em seguida, o ministro completou: “Alguém está incomodado? Tem 10 instâncias para recorrer. Não precisa recorrer à agressão de uma potência externa contra interesses do Brasil”.

Na avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as ações adotadas pela Casa Branca contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre Moraes estão interferindo na aproximação entre o governo brasileiro e o norte-americano, em um contexto de negociação de tarifas.

“Temos que explicar que a perseguição ao ministro da Suprema Corte não é o caminho de aproximação entre os dois países”, disse Haddad.

Na última quarta-feira (30), os Estados Unidos aplicaram a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. Em um comunicado justificando a aplicação da lei, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que Moraes “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”.

O documento diz também que “Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”.

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