Senadores se reunirão com Vieira antes de viagem aos EUA para negociação

Os senadores que vão compor a comitiva aos Estados Unidos em prol da negociação sobre o tarifaço anunciado pelo governo norte-americano foram chamados pelo ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, para uma reunião nesta quarta-feira (23).

À CNN, um dos integrantes do grupo, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) disse que o chanceler quer expor em qual momento da negociação o governo brasileiro está com os Estados Unidos e os esforços que o Itamaraty tem feito para impedir as sanções contra o Brasil.

“Esperamos ser ouvidos e pelo menos pavimentarmos o caminho para novas discussões diplomáticas e atrasarmos, adiarmos o início das sanções previstas para 1º de agosto”, disse Viana.

A comissão temporária externa, aprovada pelo Senado Federal, vai viajar em busca de diálogo com representantes do legislativo norte-americano. Há previsão de reuniões com parlamentares tanto republicanos, como democratas. Os encontros serão entre os dias 28 e 30 de julho, em Washington.

Por ser um grupo plural, do qual integram senadores do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL, de Jair Bolsonaro, além de outros partidos, a expectativa é de que o encontro nos EUA seja mais equilibrado.

Quando aprovada a comissão, o Senado Federal informou que a missão tem “caráter suprapartidário, institucional e estratégico” e que o grupo vai representar institucionalmente o Congresso brasileiro junto ao Congresso americano.

Fazem parte do grupo os senadores:

  • Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores;
  • Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;
  • Tereza Cristina (PP-MS);
  • Astronauta Marcos Pontes (PL-SP);
  • Esperidião Amin (PP-SC);
  • Rogério Carvalho (PT-SE);
  • Fernando Farias (MDB-AL);
  • Carlos Viana (Podemos-MG).

Na semana passada, o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, esteve no Senado Federal, onde se encontrou com o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Segundo Randolfe, o principal representante dos EUA no Brasil buscava entender o papel de um parlamentar brasileiro que tem atuado junto aos Estados Unidos.

“Eu reportei pra ele que a atuação desse deputado não corresponde à posição majoritária do congresso brasileiro, que tem parlamentares de direita, de esquerda, que tem parlamentares do próprio partido do deputado, mas que a posição majoritária do parlamento não refletia uma agressão ao próprio país.”, disse Randolfe.

FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *