Haddad avisou que IOF viria para cobrir “rombo”, diz advogado tributarista

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para restaurar o decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida que gerou debates sobre sua finalidade arrecadatória.

Segundo avaliou o advogado tributarista Luiz Gustavo Bichara durante o programa WW, a caracterização do decreto como puramente arrecadatório é evidente, considerando especialmente as declarações anteriores de Fernando Haddad.

Em coletiva de imprensa, Haddad havia informado explicitamente que o aumento do IOF seria utilizado para cobrir o déficit nas contas públicas.

Previsão orçamentária e déficit

Bichara ressalta que, há cerca de um ano e meio, foi apresentada uma previsão orçamentária que incluía uma expectativa de arrecadação de R$ 55 bilhões provenientes do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Segundo o especialista, era previsível que esse valor não seria alcançado, resultando no atual déficit.

O advogado destaca que a própria liminar do ministro do STF Alexandre de Moraes menciona essa questão dos “fins puramente arrecadatórios” do decreto. Para Bichara, não há dificuldade em comprovar a natureza fiscal da medida, uma vez que o próprio governo explicitou essa finalidade.

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